Toda cidade é constituída por linhas, redes e traçados. Algumas são concretas, como ruas, fachadas de prédios, calçadas, fios elétricos, tubulações hidráulicas. Outras, reais mas invisíveis, como ondas de rádio, sinais de TV, de telefonia, campos magnéticos, sinais de GPS, também constroem este desenho. Latitudes, longitudes, paralelos, meridianos, mapas, guias rodoviários, plantas da cidade, guia de ruas, são a representação desses lugares, convenções, algo que nos permita localizar os pontos no espaço, esquemas falsos porém necessários para que compreendamos o que nos cerca.
Algumas linhas e pontos são subjetivos, pessoais, talvez imaginários ou emotivos: percursos pessoais, a lembrança de ruas que desapareceram, linhas de bonde encobertas, o caminho para casa, prédios que incendiaram, lugares abandonados... Coisas que existem porque nos lembramos ou imaginamos. Para cada pessoa, os diferentes caminhos e lugares evocam imagens e lembranças particulares, que constroem uma visão pessoal e subjetiva da cidade. Sendo assim, a cidade talvez seja constituída por 1.383.454 cidades sobrepostas.
A partir da percepção desta rede inextrincável de linhas, o Grupo Ío insere nesta teia, em uma experiência de arte urbana conceitual, 70 pontos, 70 objetos escondidos através de sucessivos bairros da região central de Porto Alegre. Estes pontos secretos, ligados entre si, criam o traçado de uma enorme silhueta, visível apenas de forma indireta e subjetiva, traçando os pontos no mapa ou construindo mentalmente o desenho, que constitui a obra O Administrador Apagado (Invasor). Diferentemente dos graffitis e pôsteres que marcam de forma visível a cidade, esta proposta traz uma experiência de percepção e inserção no desenho urbano de forma pessoal, subjetiva, secreta. È uma obra constituída por três trabalhos plásticos inseridos em círculos concêntricos, com diversos níveis de significado.
Em cada um dos 70 pontos desse desenho, marcados por uma pedra branca, há um elemento a ser descoberto, um box set em edição de colecionador, dentro de um recipiente inusitado (Placa de Petri) envolto em plástico preto, numerado e assinado pelos artistas, contendo um mini-cd (EP com 7 faixas do Grupo Ío) e 4 lâminas de imagens. Desta forma, os próprios objetos que marcam os pontos são elementos constituintes da obra, que trazem em si diversos desdobramentos. Pedras brancas com desenhos que marcam o local. Placas de Petri, usadas para cultura de microorganismos. Uma trilha sonora, uma narrativa em forma de sons, vozes, música e não-música. Imagens obscuras, barrocas, reais, imaginadas, históricas ou falsas.
Assim, ao fazer este percurso, cada pessoa é convidada a observar atentamente seu trajeto, ver com novos olhos os detalhes do caminho, para assim encontrar os indícios que levam aos objetos. Desta forma, locais antes banais adquirem novos significados, ao longo da construção desta imagem que, além de um traçado, torna-se uma nova vivência da cidade. Ao mesmo tempo, as pessoas que enveredarem por esta trilha serão agentes da desconstrução desta obra, ao levarem consigo parte dos pontos que formam a imagem. Assim espalhados, estes objetos formarão um novo desenho aleatório que só poderá ser descoberto através da colaboração destas mesmas pessoas, ao indicarem o possível local de destino.
Algumas linhas e pontos são subjetivos, pessoais, talvez imaginários ou emotivos: percursos pessoais, a lembrança de ruas que desapareceram, linhas de bonde encobertas, o caminho para casa, prédios que incendiaram, lugares abandonados... Coisas que existem porque nos lembramos ou imaginamos. Para cada pessoa, os diferentes caminhos e lugares evocam imagens e lembranças particulares, que constroem uma visão pessoal e subjetiva da cidade. Sendo assim, a cidade talvez seja constituída por 1.383.454 cidades sobrepostas.
A partir da percepção desta rede inextrincável de linhas, o Grupo Ío insere nesta teia, em uma experiência de arte urbana conceitual, 70 pontos, 70 objetos escondidos através de sucessivos bairros da região central de Porto Alegre. Estes pontos secretos, ligados entre si, criam o traçado de uma enorme silhueta, visível apenas de forma indireta e subjetiva, traçando os pontos no mapa ou construindo mentalmente o desenho, que constitui a obra O Administrador Apagado (Invasor). Diferentemente dos graffitis e pôsteres que marcam de forma visível a cidade, esta proposta traz uma experiência de percepção e inserção no desenho urbano de forma pessoal, subjetiva, secreta. È uma obra constituída por três trabalhos plásticos inseridos em círculos concêntricos, com diversos níveis de significado.
Em cada um dos 70 pontos desse desenho, marcados por uma pedra branca, há um elemento a ser descoberto, um box set em edição de colecionador, dentro de um recipiente inusitado (Placa de Petri) envolto em plástico preto, numerado e assinado pelos artistas, contendo um mini-cd (EP com 7 faixas do Grupo Ío) e 4 lâminas de imagens. Desta forma, os próprios objetos que marcam os pontos são elementos constituintes da obra, que trazem em si diversos desdobramentos. Pedras brancas com desenhos que marcam o local. Placas de Petri, usadas para cultura de microorganismos. Uma trilha sonora, uma narrativa em forma de sons, vozes, música e não-música. Imagens obscuras, barrocas, reais, imaginadas, históricas ou falsas.
Assim, ao fazer este percurso, cada pessoa é convidada a observar atentamente seu trajeto, ver com novos olhos os detalhes do caminho, para assim encontrar os indícios que levam aos objetos. Desta forma, locais antes banais adquirem novos significados, ao longo da construção desta imagem que, além de um traçado, torna-se uma nova vivência da cidade. Ao mesmo tempo, as pessoas que enveredarem por esta trilha serão agentes da desconstrução desta obra, ao levarem consigo parte dos pontos que formam a imagem. Assim espalhados, estes objetos formarão um novo desenho aleatório que só poderá ser descoberto através da colaboração destas mesmas pessoas, ao indicarem o possível local de destino.
Saiba mais sobre o projeto "O Estranho Equívoco de A.Hilzendeger Feltes"
aqui.
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